Eu não queixo por mim. Queixo-me pelos meus, e vossos, filhos e netos. Criança que entre hoje para a escola, está condenada, na melhor das hipóteses, a um percurso de mediocridade, doutrinação, maus costumes e em muitos casos delinquência - como vítima ou como perpetrador. É isso que "o ensino centrado no aluno" produziu.
Quando falo da selva que é a Escola hoje, não é um lamento pessoal. Não é que seja agradável ser diariamente humilhado, insultado, por vezes agredido, mas o problema é bem maior...
E não, já não tenho idade para "me mudar". E os meus tão falados privilégios - 35 horas semanais e ordenado certo ao fim do mês - não tornam agradável o que é, por natureza, desagradável. Se alguém receber 1 milhão de euros por mês para ingerir uma tijela de fezes, estas não saberão a mousse de chocolate.
As 35 horas e o ordenado certo não me pouparam de uma fractura craniana quando um aluno me atingiu recentemente com uma cadeira, nem me tornam menos desagradável ser chamado "cabrão", "paneleiro" e "filho da puta" por garotos que me odeiam apenas porque eu existo.
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